Sua origem é bastante controversa e ao mesmo tempo curiosa. O Cimarron (que significa qualquer planta ou animal que tenha sido domesticado e voltado ao seu estado ‘selvagem’) é o resultado de acasalamentos entre os cães trazidos pelos espanhóis e portugueses na época da colonização especialmente os molossos e cães de caça. que foram abandonados pelos europeus e começaram a se reproduzir e refugiaram-se nas matas do país. Logo se produziu uma enorme quantidade de cães que retornaram ao seu estado selvagem (pré-domesticação).
Sua bravura e valentia no entanto, já eram bem conhecidos no final do século XVIII, quando na época das guerras pela Independência, o General José Gervásio Artigas os imortalizou, com a frase: "Quando ficar sem homens, lutarei com meus cães cimarrones."
No entanto, no final do século XVIII, a economia principal da região, era a exploração bovina e o descontrole populacional era tão acentuado, que o próprio governo do país incentivou a população a exterminá-los, procurando assim reduzir os problemas como os ataques dos cães ao rebanhos da região.
Apesar da campanha contra os cães, alguns fazendeiros logo perceberam que poderiam utilizar as características do cão no trabalho de guarda de suas propriedades e mesmo no pastoreio e na caça a grandes animais como porcos selvagens e javalis e por isso passaram a capturar os cães e domesticá-los novamente. Com isso, não apenas salvaram os cães como também criaram uma nova raça, a partir da seleção natural anteriormente realizada pelas áridas condições de sobrevivência a que foram expostos estes cães.
Apesar de sua origem ‘selvagem’, o Cimarron é um cão de temperamento tranquilo e bastante criterioso na sua função de guarda. É o cão ideal para fazendas, guarda e companhia. Não late em excesso, é bastante rústico em termos de problemas de saúde, e cuidados com a pelagem, que é curta e áspera. De extrema coragem, não tem agressividade gratuita, entretanto à noite, defende muito bem seu território, mantendo estranhos afastados.
Destaca-se não apenas na habilidade de guarda, mas também na condução dos rebanhos.
Fora do território Uruguaio e no sul do Brasil, a raça ainda é praticamente desconhecida. Seu reconhecimento internacional está em processo de finalização e muitos cães estão sendo enviados a criadores de outros países com o objetivo de divulgar a raça.
É um cão de porte mediano, forte, compacto, musculoso e ágil.
Tamanho: de 56 a 62cm para machos e 53 a 58 cm para fêmeas.
Peso: 34 a 54 Kg. para machos e 27 a 36 Kg. para fêmeas
Se admitem todas as cores. De preferência baios (amarelados) e tigrados. O branco ou preto sólido são eliminatórios.
